CEE/PR Promove Seminário sobre a EJA 28/08/2017 - 16:10
No dia 17 de agosto de 2017 o Conselho Estadual de Educação do Paraná (CEE/PR) promoveu, em sua sede, um Seminário interno sobre Educação de Jovens e Adultos no Paraná. Estiveram presentes Conselheiros e funcionários e, como palestrante inaugural contou-se com a presença da Profª Drª Maria Aparecida Zanetti, da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e membro do Fórum Paranaense de Educação de Jovens e Adultos. A seguir, apresentaram painéis a Profª Marcia Leonora Dudeque, coordenadora da EJA da Secretaria Estadual de Educação do Paraná (SEED/PR); Profª Tereza Cordeiro Brito, Coordenadora da EJA do Centro Educacional (UNINTER) e a Profª Lilian de Fátima Correa Luitz, Gerente Educacional da EJA do Serviço Social da Indústria do Paraná (Sesi/PR).
Para os palestrantes a EJA é uma modalidade de ensino que visa atender a escolarização de jovens, adultos e idosos, um caminho para as garantias dos Direitos Humanos e formação da cidadania, que implica no acesso de todos aos benefícios que ela proporciona ao sujeito. Na rede pública de ensino, se dá de forma presencial por meio dos CEEBJAS – em que o ensino é coletivo e individual, e por meio das Escolas de EJA e APEDs - ensino coletivo. No sistema prisional ocorre no modo presencial e por meio da EAD. Quanto à presença, exige-se a frequência de 75% (estudo coletivo) e 100% (estudo individual). Também tem como condição que o aluno tenha no mínimo 15 anos para cursar EJA - Ensino Fundamental fase I e II; e 18 anos para EJA - Ensino Médio. O Paraná possui 98 CEEBJAs, 238 Escolas de EJA e 598 APEDs, totalizando de 110.104 mil matrículas.
Para os palestrantes a EJA é uma modalidade de ensino que visa atender a escolarização de jovens, adultos e idosos, um caminho para as garantias dos Direitos Humanos e formação da cidadania, que implica no acesso de todos aos benefícios que ela proporciona ao sujeito. Na rede pública de ensino, se dá de forma presencial por meio dos CEEBJAS – em que o ensino é coletivo e individual, e por meio das Escolas de EJA e APEDs - ensino coletivo. No sistema prisional ocorre no modo presencial e por meio da EAD. Quanto à presença, exige-se a frequência de 75% (estudo coletivo) e 100% (estudo individual). Também tem como condição que o aluno tenha no mínimo 15 anos para cursar EJA - Ensino Fundamental fase I e II; e 18 anos para EJA - Ensino Médio. O Paraná possui 98 CEEBJAs, 238 Escolas de EJA e 598 APEDs, totalizando de 110.104 mil matrículas.
A Profª Drª Maria Aparecida Zanetti apontou alguns paradoxos nas políticas de EJA, tais como a ampliação da declaração de direitos e obrigações no plano jurídico e postergação da EJA nas políticas públicas, bem como as crescentes exigências sociais de conhecimento e baixa/inadequada oferta de vagas. Além disso, segundo ela, há alguns equívocos e preconceitos em relação às políticas e práticas da EJA como os discursos de que a EJA é temporária e tem baixa qualidade. A Profª Zanetti, também afirmou que o grande problema da EJA é a evasão ou “ausência temporária” a EJA não pode ser vista pelas políticas públicas como programa, mas como uma modalidade.
A preocupação primeira com a EJA no Paraná, segundo a Profª Marcia Leonora Dudeque, está na trajetória escolar, mas está, também, nos percursos pessoais e sociais. São homens, mulheres, indígenas, negros e negras, quilombolas, trabalhadores e trabalhadoras que vivem experiências humanas em todos os espaços da vida social. Muitos deles encontram-se em privação de liberdade. O grande desafio está em poder interferir para que possam ter consciência da construção social que realizam e da cidadania a que têm direito. Esse contexto mostra que não consolidamos, ainda a cultura do direito à educação ao longo da vida. Há falta de completa atitude convocatória do poder público e inadequação da oferta. Nesse âmbito, desenvolveu-se algumas perspectivas em nível nacional, estadual e local, para desenvolver estratégias de planejamento territorial, intersetorial, na construção de sistemas flexíveis e diversificados na aprendizagem ao longo da vida. Isso tudo deve mobilizar a demanda social com emprego de meios de comunicação, assistência estudantil e articulação com a sociedade de modo geral, na contextualização de currículos e no acolhimento da diversidade sociocultural e geracional.
Outra proposta para EJA - Ensino Médio, ofertada pela UNINTER, na modalidade em EAD, foi apresentada pela Profª Maria Tereza Cordeiro Brito, tal proposta garante aos alunos uma sede e diversos polos espalhados por todo o Brasil, com tutores para cada disciplina, os quais trabalham de modo online e presencial. Uma vez por semana, os alunos frequentam as aulas na sede ou nos polos. O material didático da EJA é composto por livros impressos – foram apresentados os kits individuais para o estudo de ciências (química, física e biologia), assim como o formato dos laboratórios entregues em cada polo, os quais têm tamanho reduzido, mas satisfatoriamente operacionais - e materiais online. Também é colocado a disposição dos alunos, uma biblioteca virtual. Atualmente a UNINTER tem 19 polos em todo Brasil.
A Gerente Educacional do Sesi/PR, Profª Lilian de Fátima Correa Luitz, também é defensora da proposta da EJA presencial e em EAD. Afirmou que a desistência é 30% menor na EJA EAD em relação à modalidade presencial e acredita que isso ocorra devido ao perfil etário dos alunos , em sua maioria, que se situa entre 20 e 30 anos. Além disso, argumentou que a EJA em EAD tem maior flexibilidade de horários e espaços, material didático digital que pode ser acessado no celular, bem como uma equipe de tutoria multidisciplinar. O Sesi começou a ofertar a modalidade em EAD no ano de 2014 e, a partir de então, o aumento nas matrículas foi de 100%. Atualmente a instituição conta com 32 polos em todo o Paraná.
A preocupação primeira com a EJA no Paraná, segundo a Profª Marcia Leonora Dudeque, está na trajetória escolar, mas está, também, nos percursos pessoais e sociais. São homens, mulheres, indígenas, negros e negras, quilombolas, trabalhadores e trabalhadoras que vivem experiências humanas em todos os espaços da vida social. Muitos deles encontram-se em privação de liberdade. O grande desafio está em poder interferir para que possam ter consciência da construção social que realizam e da cidadania a que têm direito. Esse contexto mostra que não consolidamos, ainda a cultura do direito à educação ao longo da vida. Há falta de completa atitude convocatória do poder público e inadequação da oferta. Nesse âmbito, desenvolveu-se algumas perspectivas em nível nacional, estadual e local, para desenvolver estratégias de planejamento territorial, intersetorial, na construção de sistemas flexíveis e diversificados na aprendizagem ao longo da vida. Isso tudo deve mobilizar a demanda social com emprego de meios de comunicação, assistência estudantil e articulação com a sociedade de modo geral, na contextualização de currículos e no acolhimento da diversidade sociocultural e geracional.
Outra proposta para EJA - Ensino Médio, ofertada pela UNINTER, na modalidade em EAD, foi apresentada pela Profª Maria Tereza Cordeiro Brito, tal proposta garante aos alunos uma sede e diversos polos espalhados por todo o Brasil, com tutores para cada disciplina, os quais trabalham de modo online e presencial. Uma vez por semana, os alunos frequentam as aulas na sede ou nos polos. O material didático da EJA é composto por livros impressos – foram apresentados os kits individuais para o estudo de ciências (química, física e biologia), assim como o formato dos laboratórios entregues em cada polo, os quais têm tamanho reduzido, mas satisfatoriamente operacionais - e materiais online. Também é colocado a disposição dos alunos, uma biblioteca virtual. Atualmente a UNINTER tem 19 polos em todo Brasil.
A Gerente Educacional do Sesi/PR, Profª Lilian de Fátima Correa Luitz, também é defensora da proposta da EJA presencial e em EAD. Afirmou que a desistência é 30% menor na EJA EAD em relação à modalidade presencial e acredita que isso ocorra devido ao perfil etário dos alunos , em sua maioria, que se situa entre 20 e 30 anos. Além disso, argumentou que a EJA em EAD tem maior flexibilidade de horários e espaços, material didático digital que pode ser acessado no celular, bem como uma equipe de tutoria multidisciplinar. O Sesi começou a ofertar a modalidade em EAD no ano de 2014 e, a partir de então, o aumento nas matrículas foi de 100%. Atualmente a instituição conta com 32 polos em todo o Paraná.