DR. OSCAR DISCURSA COMO PARANINFO NA UNOPAR 06/02/2013 - 08:00
Nos dias 28, 29, 31 de janeiro e 01 de fevereiro, reuniram-se no Ginásio de Esportes Moringão, em Londrina, cerca de mil formandos para celebrar a conquista de suas colações. Familiares e amigos também participaram do evento celebrando a vitória que também era deles. Um dos pontos marcantes das comemorações foi o discurso do paraninfo geral, Dr. Oscar Alves, que foi reitor da Unopar. Segue na íntegra seu aplaudidíssimo discurso:
“-É primordial perceber e entender que a humanidade converge para um encontro de ordem espiritual, buscando confiança no grande e trabalhoso processo de evolução, que, tendo conseguido criar os seres humanos com tantos cuidados, não pode ser concebida como tendo se organizado ao acaso.
-É primordial perceber e entender que existe uma evolução límpida, consciente de si mesma.
-É primordial perceber e entender que existe um motor que orienta a humanidade e a atrai para si.
-Esse motor é DEUS! Principio gerador e ao mesmo tempo final, que dá ao homem o pensamento, a consciência, a alma, a fé e a energia do amor... para continuar seu caminho de paz e de construção de um futuro digno para a humanidade.” Theillard de Chardin. Noosfera: esfera do pensamento humano.
Autoridades presentes,
Magnífico Reitor professor Cleber Fagundes Ramos,
Senhoras e senhores Membros dos Conselhos Superiores da UNOPAR,
Senhoras mães, senhores pais, senhoras esposas, senhores esposos, filhos, parentes e amigos,
Prezados e queridos formandos afilhados.
Nossa relação de interferência no mundo se dá por intermédio da ação. Essa ação transformadora é consciente em busca de uma alteração no ambiente. Isto é trabalho, que modifica a realidade, de acordo com as nossas necessidades e constrói o nosso ambiente humano, isto é cultura. Essa cultura é o conjunto dos resultados da ação do Humano sobre o mundo por meio do trabalho.
Os produtos culturais são nossos bens, de consumo e de produção. O bem de produção mais importante para a existência do ser humano é o conhecimento, que é o entendimento, a averiguação e a interpretação sobre a realidade, assim, nos orienta para nela intervir.
Ao seu lado se coloca a educação, que nos transporta para produzir e ser produzido e reproduzido.
Um dos produtos ideais da cultura são os valores criados por nós. Os valores criados por nós produzem um código em nossa vida individual e coletiva. Esse código procura enquadrar nossos atos e pensamentos, dando a eles uma ideia dos nossos conhecimentos e conceitos e muitas vezes dos nossos pré-conceitos.
Entretanto, prezados afilhados, os valores, os conhecimentos e preconceitos mudam, porque humanos devem mudar, como a vida é um processo, e processo é mudança. O ser humano é capaz de mudar e ser diferente.
Os valores e conhecimentos que atendem os interesses de grupos sociais, em situação de predominância na sociedade, isto é, com poder, são difundidos e aceitos pela maioria, como se fossem seus, adquirem uma forma universal.
As principais instituições sociais que conservam e inovam os valores e conhecimentos são: a família, a igreja, a mídia, o mercado profissional e a escola.
Nós humanos dependemos dos processos educativos para a nossa sobrevivência, assim a Educação é fundamental para a caminhada das pessoas.
A educação pode ser vivencial, aquela que ocorre pela própria vida, e a intencional, organizada em certos locais, a Escola e, também, pela Mídia.
Para os educadores é fundamental compreender que a humanidade tem caráter múltiplo e assim as pessoas são diferentes e não esquisitas, portanto, a abordagem pedagógica necessita levar isto em consideração.
O conhecimento tem uma ligação específica com a História, que, por isso, em cada época, tem uma manifestação com sentidos de maneiras diferentes na Escola. Assim, é necessário relativizar os conhecimentos científicos, não para desqualificá-los, mas para enriquecê-los com a relação da história da produção humana.
O educador não pode negar aos alunos a compreensão das condições culturais, históricas e sociais da produção do conhecimento, senão pode reforçar a mitificação e a sensação de impotência, perplexidade e incapacidade cognitiva.
O saber tem uma intenção, não há busca de conhecimento sem finalidade. O método, que se usa na educação, é uma ferramenta para a execução da intenção. O melhor método educacional é aquele que propuser a melhor aproximação do aluno com o objeto a aprender, que melhor facilitar a consecução da finalidade, isto é, da aprendizagem. Como disse Paulo Freire: “que melhor conseguir despertar, no aluno, a curiosidade em aprender.”
A Educação precisa reinventar, em conjunto, uma ética da rebeldia, de dizer não e que valorize o papel do educador.
O Educador tem uma grande tarefa: fazer a junção da epistemologia e a política. Aquela é o estudo crítico dos princípios, hipótese e resultados das ciências já constituídas. Esta é o conjunto de objetivos que constitui determinado programa de ação governamental e condicionam sua execução.
Mario Sergio Cortella, filósofo, consultor e professor da PUC/SP, que viveu e foi alfabetizado aqui em Londrina, diz que: “A Educação e a Escola são os lugares nos quais podemos dizer e exercer mais fortemente o nosso não. Não à miséria, não à injustiça. Porque somos educadores? Porque dedicamos uma vida inteira a essa atividade econômica e socialmente prejudicada e desvalorizada, cheia de percalços e sofrimentos.
Creio que o que nos move é a paixão por uma ideia: gente foi feita para ser feliz. Paixão pela inconformidade de as coisas não serem como são; - paixão pela derrota da desesperança; paixão pela ideia de procurar tornar as pessoas melhores, melhorar a si mesmo; - paixão, em suma, pelo futuro. É nessa paixão pelo humano que habita, de forma convulsiva, a tensão articulada entre o epistemológico e o político, onde se dá o encontro do sonho de um conhecimento como ferramenta da liberdade e de um poder como amálgama da convivência igualitária.”
A nossa Escola de hoje precisa pensar em oferecer uma educação integral e de qualidade, pensando que o aluno de hoje vai enfrentar uma sociedade no futuro que terá outros valores, pois o mundo está em constante evolução.
Ela terá que abordar, como descreve Edgar Morin, em sua obra A educação do futuro, as cegueiras do conhecimento, os princípios do conhecimento pertinente, ensinar a condição humana, a identidade terrena, a enfrentar as incertezas, a ensinar a compreensão e a ética do gênero humano.
Senhoras mães e senhores pais.
Sei que esta noite é muito especial para vocês.
Quanto sacrifício, quantas noites indormidas, quanta renuncia, muitas vezes, quantas incompreensões, quanto amor infinito, tudo, tudo, para o bem e para a vida mais feliz dos seus filhos.
Desde a concepção desses filhos, quantos sonhos, esperanças para que eles nascessem, crescessem e se desenvolvessem com saúde, e com valores éticos para serem cidadãos dignos e felizes.
A UNOPAR, pelos seus dirigentes e pelos seus professores, deu tudo de si para que seus filhos adquirissem os conhecimentos, as competências e as habilidades necessárias para enfrentarem a luta pela vida, com os instrumentos adequados para o trabalho, em suas respectivas áreas profissionais.
Mas o mais importante na suas vidas é continuarem amando seus familiares, seus amigos e exercendo com responsabilidade a profissão escolhida, para nessa caminhada serem pessoas felizes.
Queridos afilhados, PARABENS!!!
As suas lutas durante todos esses anos de estudos, angustias, medos, fracassos e vitórias compensaram, agora vocês estão preparados, tecnicamente, com seus conhecimentos, competências e habilidades, para enfrentarem o mercado de trabalho.
Vocês encontrarão tendências e cenários os mais diversos nesse ambiente do emprego e do trabalho, que se modificam conforme as circunstancias econômico-sociais dos diversos países e do nosso próprio país.
Há uma modificação do perfil do emprego e das competências exigidas em, praticamente, todas as profissões. Há uma demanda crescente de conhecimentos gerais em informática e de competências de ponta nas novas tecnologias da informação e da comunicação.
O “saber” passa a ser o recurso que determina a riqueza econômica, o bem estar da sociedade e a inovação em todos os campos da existência.
Vocês precisam estar preparados para além das competências gerais, com aptidões para resolverem problemas. É necessário que encontrem nas suas formações fundamentos teóricos e práticos para serem aplicados no “mundo do trabalho”.
Vocês terão que estabelecer estratégias para a solução dos problemas que encontrarão, terão que mobilizar o saber de diferentes campos, com a colaboração intelectual, com responsabilidade e pertinência. Além da visão de seus mundos pessoais que focalizam suas realidades do nosso país, vocês deverão se preocupar com os problemas da paz, do desenvolvimento ecologicamente sustentável e da cooperação baseada no respeito mutuo, da democracia e da valorização da cultura e, também, das competências internacionais. Pois é esse o profissional que o “mundo do trabalho” atual procura. Vocês terão que demonstrar que estão prontos a enfrentar as adversidades com a segurança dos seus conhecimentos, e com as estratégias adequadas para resolverem os problemas que se apresentarem, com espírito crítico e com muita coragem.
Prezados afilhados, o “mundo do trabalho” atual que os espera valoriza a experiência pessoal no processo decisório, que aumenta a eficácia das decisões lógicas, especialmente, quando utiliza a criatividade nas decisões complexas. Vocês devem sempre considerar o componente emocional do trabalho, a valorização do cliente, os valores e utilizarem os critérios de avaliação do processo que estão resolvendo.
Enfim, cada um de vocês precisa ter o “seu projeto de vida”, valorizando a ética, a cidadania, o respeito ao próximo, a responsabilidade sócio-ambiental, usando sempre o espírito crítico, assim, tornar-se-ão profissionais que sabem trabalhar em grupos, abertos ao diálogo, às mudanças e às novas tecnologias.
Mas não se esqueçam de que de todas as virtudes, a mais importante é a solidariedade, que é a base das relações sociais e fundamental na construção da paz.
Meus queridos afilhados o que posso lhes passar, de pessoal, para as suas vidas, é repetir com o poeta:
“-Aprendi que eu não posso exigir o amor de ninguém, posso apenas dar boas razões para que gostem de mim e ter paciência, para que a vida faça o resto;
- Aprendi que posso passar anos construindo uma verdade e destrui-la em apenas alguns segundos;
- Aprendi que vai demorar muito para me transformar na pessoa que quero ser... e devo ter paciência;
-Mas aprendi, também, que posso ir além dos limites que eu próprio coloquei;
-Aprendi que não é o bastante ser perdoado pelos outros... eu preciso me perdoar;
-Eu aprendi que as circunstancias da minha infância são responsáveis pelo que eu sou, mas não pelas escolhas que eu faço quando adulto;
- Aprendi, também, que diplomas na parede não me fazem
mais respeitável nem mais sábio;
-Aprendi, afinal, que é difícil traçar uma linha entre ser gentil, não ferir as pessoas, e saber lutar pelas coisas em que acredito.
Com essa folha de papel eu aprendi que ainda tenho muito a aprender em minha vida.
Para vocês, meus afilhados, todo o meu carinho, e espero que vocês continuem me ensinando como viver.
A vida é uma obra de arte.
Tenho dito!!!
“-É primordial perceber e entender que a humanidade converge para um encontro de ordem espiritual, buscando confiança no grande e trabalhoso processo de evolução, que, tendo conseguido criar os seres humanos com tantos cuidados, não pode ser concebida como tendo se organizado ao acaso.
-É primordial perceber e entender que existe uma evolução límpida, consciente de si mesma.
-É primordial perceber e entender que existe um motor que orienta a humanidade e a atrai para si.
-Esse motor é DEUS! Principio gerador e ao mesmo tempo final, que dá ao homem o pensamento, a consciência, a alma, a fé e a energia do amor... para continuar seu caminho de paz e de construção de um futuro digno para a humanidade.” Theillard de Chardin. Noosfera: esfera do pensamento humano.
Autoridades presentes,
Magnífico Reitor professor Cleber Fagundes Ramos,
Senhoras e senhores Membros dos Conselhos Superiores da UNOPAR,
Senhoras mães, senhores pais, senhoras esposas, senhores esposos, filhos, parentes e amigos,
Prezados e queridos formandos afilhados.
Nossa relação de interferência no mundo se dá por intermédio da ação. Essa ação transformadora é consciente em busca de uma alteração no ambiente. Isto é trabalho, que modifica a realidade, de acordo com as nossas necessidades e constrói o nosso ambiente humano, isto é cultura. Essa cultura é o conjunto dos resultados da ação do Humano sobre o mundo por meio do trabalho.
Os produtos culturais são nossos bens, de consumo e de produção. O bem de produção mais importante para a existência do ser humano é o conhecimento, que é o entendimento, a averiguação e a interpretação sobre a realidade, assim, nos orienta para nela intervir.
Ao seu lado se coloca a educação, que nos transporta para produzir e ser produzido e reproduzido.
Um dos produtos ideais da cultura são os valores criados por nós. Os valores criados por nós produzem um código em nossa vida individual e coletiva. Esse código procura enquadrar nossos atos e pensamentos, dando a eles uma ideia dos nossos conhecimentos e conceitos e muitas vezes dos nossos pré-conceitos.
Entretanto, prezados afilhados, os valores, os conhecimentos e preconceitos mudam, porque humanos devem mudar, como a vida é um processo, e processo é mudança. O ser humano é capaz de mudar e ser diferente.
Os valores e conhecimentos que atendem os interesses de grupos sociais, em situação de predominância na sociedade, isto é, com poder, são difundidos e aceitos pela maioria, como se fossem seus, adquirem uma forma universal.
As principais instituições sociais que conservam e inovam os valores e conhecimentos são: a família, a igreja, a mídia, o mercado profissional e a escola.
Nós humanos dependemos dos processos educativos para a nossa sobrevivência, assim a Educação é fundamental para a caminhada das pessoas.
A educação pode ser vivencial, aquela que ocorre pela própria vida, e a intencional, organizada em certos locais, a Escola e, também, pela Mídia.
Para os educadores é fundamental compreender que a humanidade tem caráter múltiplo e assim as pessoas são diferentes e não esquisitas, portanto, a abordagem pedagógica necessita levar isto em consideração.
O conhecimento tem uma ligação específica com a História, que, por isso, em cada época, tem uma manifestação com sentidos de maneiras diferentes na Escola. Assim, é necessário relativizar os conhecimentos científicos, não para desqualificá-los, mas para enriquecê-los com a relação da história da produção humana.
O educador não pode negar aos alunos a compreensão das condições culturais, históricas e sociais da produção do conhecimento, senão pode reforçar a mitificação e a sensação de impotência, perplexidade e incapacidade cognitiva.
O saber tem uma intenção, não há busca de conhecimento sem finalidade. O método, que se usa na educação, é uma ferramenta para a execução da intenção. O melhor método educacional é aquele que propuser a melhor aproximação do aluno com o objeto a aprender, que melhor facilitar a consecução da finalidade, isto é, da aprendizagem. Como disse Paulo Freire: “que melhor conseguir despertar, no aluno, a curiosidade em aprender.”
A Educação precisa reinventar, em conjunto, uma ética da rebeldia, de dizer não e que valorize o papel do educador.
O Educador tem uma grande tarefa: fazer a junção da epistemologia e a política. Aquela é o estudo crítico dos princípios, hipótese e resultados das ciências já constituídas. Esta é o conjunto de objetivos que constitui determinado programa de ação governamental e condicionam sua execução.
Mario Sergio Cortella, filósofo, consultor e professor da PUC/SP, que viveu e foi alfabetizado aqui em Londrina, diz que: “A Educação e a Escola são os lugares nos quais podemos dizer e exercer mais fortemente o nosso não. Não à miséria, não à injustiça. Porque somos educadores? Porque dedicamos uma vida inteira a essa atividade econômica e socialmente prejudicada e desvalorizada, cheia de percalços e sofrimentos.
Creio que o que nos move é a paixão por uma ideia: gente foi feita para ser feliz. Paixão pela inconformidade de as coisas não serem como são; - paixão pela derrota da desesperança; paixão pela ideia de procurar tornar as pessoas melhores, melhorar a si mesmo; - paixão, em suma, pelo futuro. É nessa paixão pelo humano que habita, de forma convulsiva, a tensão articulada entre o epistemológico e o político, onde se dá o encontro do sonho de um conhecimento como ferramenta da liberdade e de um poder como amálgama da convivência igualitária.”
A nossa Escola de hoje precisa pensar em oferecer uma educação integral e de qualidade, pensando que o aluno de hoje vai enfrentar uma sociedade no futuro que terá outros valores, pois o mundo está em constante evolução.
Ela terá que abordar, como descreve Edgar Morin, em sua obra A educação do futuro, as cegueiras do conhecimento, os princípios do conhecimento pertinente, ensinar a condição humana, a identidade terrena, a enfrentar as incertezas, a ensinar a compreensão e a ética do gênero humano.
Senhoras mães e senhores pais.
Sei que esta noite é muito especial para vocês.
Quanto sacrifício, quantas noites indormidas, quanta renuncia, muitas vezes, quantas incompreensões, quanto amor infinito, tudo, tudo, para o bem e para a vida mais feliz dos seus filhos.
Desde a concepção desses filhos, quantos sonhos, esperanças para que eles nascessem, crescessem e se desenvolvessem com saúde, e com valores éticos para serem cidadãos dignos e felizes.
A UNOPAR, pelos seus dirigentes e pelos seus professores, deu tudo de si para que seus filhos adquirissem os conhecimentos, as competências e as habilidades necessárias para enfrentarem a luta pela vida, com os instrumentos adequados para o trabalho, em suas respectivas áreas profissionais.
Mas o mais importante na suas vidas é continuarem amando seus familiares, seus amigos e exercendo com responsabilidade a profissão escolhida, para nessa caminhada serem pessoas felizes.
Queridos afilhados, PARABENS!!!
As suas lutas durante todos esses anos de estudos, angustias, medos, fracassos e vitórias compensaram, agora vocês estão preparados, tecnicamente, com seus conhecimentos, competências e habilidades, para enfrentarem o mercado de trabalho.
Vocês encontrarão tendências e cenários os mais diversos nesse ambiente do emprego e do trabalho, que se modificam conforme as circunstancias econômico-sociais dos diversos países e do nosso próprio país.
Há uma modificação do perfil do emprego e das competências exigidas em, praticamente, todas as profissões. Há uma demanda crescente de conhecimentos gerais em informática e de competências de ponta nas novas tecnologias da informação e da comunicação.
O “saber” passa a ser o recurso que determina a riqueza econômica, o bem estar da sociedade e a inovação em todos os campos da existência.
Vocês precisam estar preparados para além das competências gerais, com aptidões para resolverem problemas. É necessário que encontrem nas suas formações fundamentos teóricos e práticos para serem aplicados no “mundo do trabalho”.
Vocês terão que estabelecer estratégias para a solução dos problemas que encontrarão, terão que mobilizar o saber de diferentes campos, com a colaboração intelectual, com responsabilidade e pertinência. Além da visão de seus mundos pessoais que focalizam suas realidades do nosso país, vocês deverão se preocupar com os problemas da paz, do desenvolvimento ecologicamente sustentável e da cooperação baseada no respeito mutuo, da democracia e da valorização da cultura e, também, das competências internacionais. Pois é esse o profissional que o “mundo do trabalho” atual procura. Vocês terão que demonstrar que estão prontos a enfrentar as adversidades com a segurança dos seus conhecimentos, e com as estratégias adequadas para resolverem os problemas que se apresentarem, com espírito crítico e com muita coragem.
Prezados afilhados, o “mundo do trabalho” atual que os espera valoriza a experiência pessoal no processo decisório, que aumenta a eficácia das decisões lógicas, especialmente, quando utiliza a criatividade nas decisões complexas. Vocês devem sempre considerar o componente emocional do trabalho, a valorização do cliente, os valores e utilizarem os critérios de avaliação do processo que estão resolvendo.
Enfim, cada um de vocês precisa ter o “seu projeto de vida”, valorizando a ética, a cidadania, o respeito ao próximo, a responsabilidade sócio-ambiental, usando sempre o espírito crítico, assim, tornar-se-ão profissionais que sabem trabalhar em grupos, abertos ao diálogo, às mudanças e às novas tecnologias.
Mas não se esqueçam de que de todas as virtudes, a mais importante é a solidariedade, que é a base das relações sociais e fundamental na construção da paz.
Meus queridos afilhados o que posso lhes passar, de pessoal, para as suas vidas, é repetir com o poeta:
“-Aprendi que eu não posso exigir o amor de ninguém, posso apenas dar boas razões para que gostem de mim e ter paciência, para que a vida faça o resto;
- Aprendi que posso passar anos construindo uma verdade e destrui-la em apenas alguns segundos;
- Aprendi que vai demorar muito para me transformar na pessoa que quero ser... e devo ter paciência;
-Mas aprendi, também, que posso ir além dos limites que eu próprio coloquei;
-Aprendi que não é o bastante ser perdoado pelos outros... eu preciso me perdoar;
-Eu aprendi que as circunstancias da minha infância são responsáveis pelo que eu sou, mas não pelas escolhas que eu faço quando adulto;
- Aprendi, também, que diplomas na parede não me fazem
mais respeitável nem mais sábio;
-Aprendi, afinal, que é difícil traçar uma linha entre ser gentil, não ferir as pessoas, e saber lutar pelas coisas em que acredito.
Com essa folha de papel eu aprendi que ainda tenho muito a aprender em minha vida.
Para vocês, meus afilhados, todo o meu carinho, e espero que vocês continuem me ensinando como viver.
A vida é uma obra de arte.
Tenho dito!!!
Oscar Alves. 28 de janeiro de 2013.