Louise Caroline Campos Löw, Diretora-Geral da Secretaria de Estado da Educação do Paraná (SEED), esteve no Conselho Estadual de Educação do Paraná (CEE/PR), durante a 3.ª Reunião Ordinária de 2023, para tratar do tema “O Paraná na Vanguarda da Educação”.

Louise atuou como Auditora Federal de Finanças e Controle do Tesouro Nacional, do Ministério da Economia, e já comandou a Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), autarquia federal do Ministério do Desenvolvimento Regional, com projetos inovadores em toda a Amazônia Legal. Também atuou como assessora técnica na Secretaria de Governo da Presidência da República.

Em sua palestra, Löw enfatizou que de acordo com o Portal Institucional do Senado Federal – DataSenado,  cresceu a preocupação com a educação no Brasil. E o Paraná segue esse exemplo. Hoje, o estado tem a melhor educação pública do país, com o 1.º lugar no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) para o ensino médio.  A Diretora-geral também destacou a conectividade e a quantidade de computadores por aluno; a oferta de três refeições por período aos estudantes, com investimento de 65 milhões em 2023, o fato de o Paraná ser o único estado com programação como componente curricular obrigatório e o que disponibiliza a maior oferta proporcional de escolas indígenas no Brasil com a melhor infraestrutura, contando com 6,5 mil alunos indígenas matriculados em 2023.                                                                                               

Outro fato que merece destaque segundo Löw, é a Educação Profissional da Rede Pública Estadual, que tem 70 mil alunos estudando em cursos como Enfermagem, Jogos Digitais, Agronegócio, Desenvolvimento de Sistemas, dentre outros. Ela salientou, ainda, que em 2023, 40% dos aprovados na Universidade Federal do Paraná estudaram na Rede Pública Estadual.

Na ocasião, a Diretora-Geral chamou a tenção para o Formadores em Ação, iniciado em julho de 2020. O Programa é uma proposta de formação entre pares, em que professores da rede estadual lideram grupos de estudo voltados a docentes da mesma disciplina ou área do conhecimento. No último encontro, foram reunidos cerca de 700 professores. A SEED também desenvolveu uma ação voltada aos diretores das escolas públicas da rede estadual – o Diretor Formador.

Outro ponto forte da educação paranaense são as plataformas educacionais, que têm colocado a SEED na vanguarda da educação no país, com mais de 2 mil jogos e atividades práticas que desenvolvem o raciocínio lógico matemático;  11 milhões de atividades feitas na plataforma inglês Paraná; 150 mil alunos utilizando o Programa Edutech; e 2,68 milhões de redações realizadas na plataforma Redação Paraná.

Löw ressaltou, ainda, o investimento em Tecnologia da Informação que o Órgão vem fazendo, principalmente em computadores e Chromebooks. “O Paraná é lider do ranking nacional em oferta de computadores e conectividade, estando em 1.º lugar em quantidade de computadores por aluno da rede. Foram cerca de 200 milhões investidos em tecnologia, mais de 77 mil computadores, tablets e kits de robótica entregues”, afirmou.

As Escolas em Tempo Integral (ETI) também são destaques na educação paranaense. Tiveram início em 2012 em cinco escolas e hoje estão em 253 instituições de Ensino da Rede Pública Estadual de Educação do Paraná, atendendo cerca de 21 mil alunos. O principal objetivo é ampliar tempos, espaços escolares e oportunidades de aprendizagem, contemplando uma nova organização pedagógica do tempo escolar, que visa garantir a formação integral dos estudantes, bem como o seu Projeto de Vida, levando em consideração suas especificidades, sua história e sua cultura.

A ETI propõe um currículo integrado, organizado em uma Matriz Curricular, que conta com Componentes da Base Nacional Comum e componentes curriculares da parte diversificada, cujos fundamentos conceituais, metodológicos e avaliativos possibilitam aprendizagens significativas. Os estudantes das instituições de educação Integral passam nove horas diárias nas intuições de ensino, dedicando tempo a aulas, atividades extras e intervalos.

Durante seu pronunciamento, Louise Caroline Campos Löw disse que o programa Ganhando o Mundo é referência entre os estados da federação. Com o objetivo de ofertar intercâmbio internacional para estudos e vivências de alunos do Ensino Médio, proporcionando ampliação do repertório cultural e acadêmico do discente, permite a vivência e experiência na realidade cultural de outro país, potencializando o desenvolvimento da autonomia e aperfeiçoando o domínio de outra língua. “Em 2022, o programa levou 200 alunos para Nova Zelândia e Canadá; em 2023, levará 1.000 alunos para Austrália, Canadá, Estados Unidos, Inglaterra e Nova Zelândia. Além disso, neste ano, a SEED passou a ofertar o programa Ganhando o Mundo para professores e pedagogos da rede estadual de ensino do Paraná, que serão levados para a Finlândia e Canadá, onde terão uma experiência de até quatro semanas de formação continuada em uma instituição de ensino superior”, explicou Löw.

A SEED também investiu em ações estratégicas de gestão, como o Plano Regional de Desenvolvimento da Educação com diretrizes, objetivos, metas e indicadores, que trabalham seis dimensões estratégicas, as quais abrangem o pedagógico, a infraestrutura e logística, a cidadania, a inovação, o psicossocial, a gestão. Além disso, o Plano Regional de Desenvolvimento da Educação dispõe sobre planejamento, execução, prestação de contas, avaliação da política pública e o dimensionamento da relevância de cada ação realizada.

Segundo a nova Diretora-geral da SEED, no último dia 12 de abril de 2023, o Governador Carlos Massa Ratinho Junior, junto do Secretário de Estado da Educação do Paraná, Roni Miranda Vieira, do Presidente do CEE/PR, João Carlos Gomes, do Secretário de Segurança Pública, Coronel Hudson Leôncio Teixeira e demais autoridades, anunciou dez ações para reforçar a segurança das escolas estaduais, devido aos atentados que houve no primeiro trimestre de 2023.

Dentre as ações anunciadas pelo Estado, está a ampliação do Programa Escola Segura, que começou a ser implantado no Paraná em 2019, em parceria entre a Polícia Militar do Paraná (PMPR) e as secretarias de Estado da Educação e da Segurança Pública. O número de estabelecimentos de ensino atendidos passará de 112 para 300. Todos possuem histórico de violência. O Estado deverá colocar cerca de 5,6 mil policiais militares para atuar nas escolas paranaenses. Outro programa que será intensificado é o dos Colégios Cívico-Militares (CCM), que além da proposta pedagógica com fortalecimento de valores humanos e cívicos, também conta com monitores do Corpo de Militares Estaduais Inativos Voluntários (CMEIV). Atualmente, o Paraná possui 194 CCM e deverá passar para 400, com um investimento adicional de R$ 30 milhões ao ano do Governo do Estado.

O Programa Olho Vivo, focado no fortalecimento e modernização da estrutura de vigilância eletrônica com a implantação de sistemas de videomonitoramento integrados aos batalhões da PMPR, também receberá um investimento de mais R$ 8,4 milhões para a implantação de 200 sistemas de monitoramento em escolas consideradas estratégicas. Outro projeto importante, chamado de Treinamento em Segurança Escolar Avançado, será aplicado a 2,2 mil profissionais dos 32 Núcleos Regionais de Educação, e serão incorporados ao calendário escolar em parceria com o Batalhão de Patrulha Escolar Comunitária (BPEC) e o Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE).

Outra ação em destaque é o Botão do Pânico. Os professores poderão acionar o dispositivo por meio do Registro de Classe Online (RCO), sistema já utilizado pelos docentes para controle de frequência e notas dos estudantes, além dos planos de aula. O Botão do Pânico está vinculado ao aplicativo 190 PR, da Polícia Militar, e ao ser acionado, gera um atendimento de emergência ao local da vítima, baseado na localização do solicitante.

Löw ainda destacou o suporte psicológico que será disponibilizado nas escolas. “É uma frente de trabalho focada na saúde. Para isso, serão contratados, inicialmente, 40 psicólogos e 200 estagiários dos últimos anos do curso de Psicologia para atuarem no suporte a professores e estudantes, em uma atividade de prevenção e identificação de potenciais riscos”, explicou.

Outra ação relevante para combater a violência nas escolas foi a instituição do Comitê Intersetorial de Prevenção, Monitoramento e Segurança em Escolas do Paraná, por meio do Decreto Estadual 1.398/2023. Entre as atribuições do Comitê estão a análise de situações de risco, desenvolvimento de mecanismos de combate à violência, elaboração de estudos em conjunto com as forças de segurança pública, reforço ao trabalho educativo e preventivo e criação de um canal direto de denúncias.

O Presidente do CEE/PR, João Carlos Gomes, parabenizou a nova Diretora-Geral e disse que a educação paranaense só tem a ganhar com sua competência e comprometimento profissional. Além disso, destacou as ações anunciadas pelo Governador para combater a violência nas escolas do Paraná como urgentes e necessárias diante do panorama nacional que se apresentou, especialmente neste último trimestre, no que diz respeito à segurança nas escolas.