Ex-Conselheiro do CEE/PR faz palestra na 7.ª Reunião Plenária sobre a Sociedade do Conhecimento Amparada em Tecnologia e Inovação 28/08/2023 - 13:29
O ex-Conselheiro suplente do Conselho Estadual de Educação do Paraná, Prof. Celso Augusto Souza de Oliveira, participou da 7.ª Reunião Plenária de 2023, sob a presidência do Conselheiro João Carlos Gomes, para tratar do tema Educação para sociedade do conhecimento amparada em tecnologia e inovação.
O Professor Celso Augusto Souza de Oliveira é mestre em Educação pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Especialista em Gestão Pública Municipal pela Universidade Federal Tecnológica do Paraná (UTFPR), Especialista em Agronegócios pela (UFPR). Engenheiro Agrônomo e Bacharel em Processamento de Dados, ambos pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). É graduando em Pedagogia pela UEPG.
Atuou como Conselheiro suplente do CEE/PR, com uma ampla experiência profissional, tendo ocupado cargos de destaques, como Presidente da União dos Dirigentes Municipais de Educação do Paraná (UNDIME/PR) e Secretário da Educação do município de Telêmaco Borba - PR. Também atuou como consultor no Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), no Programa de Inovação Educação Conectada, no qual coordenou a Região Sul. Além disso, trabalhou como Agente Educacional do Ministério da Educação (MEC), desempenhando a função de Supervisor Estadual da Rede de Assistência Técnica para o Monitoramento e Avaliação dos Planos Municipais de Educação do Paraná. Ademais, possui experiência em gestão pública e privada, docência, palestras e formações em políticas públicas da educação. Atualmente é docente no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Paraná para o Ensino Médio Integrado, Graduação e Pós-Graduação, e Presidente do Polo Digital Gralha Azul.
Em sua palestra destacou que vivemos na sociedade do conhecimento, da informação e da tecnologia. Neste cenário primeiro vieram os baby boomers (1940), depois a geração X 1960), Y, (1980), Z (1995), e por fim, a geração alfa (2010). As características dos Baby Boomers são de uma economia pós-guerra, leal às organizações, transição tecnológica, preferem estabilidade trabalho, pouco influenciáveis, comunicação direta. Já na geração X há busca por liberdade, com início da era digital, longa adaptação tecnológica, cética sobre as instituições, mudanças sociais e econômicas, uso pragmático da tecnologia. Na geração Y existem hábitos de multitarefa, sempre conectados, geram muitos dados diários, redes sociais, compartilham tudo, não escrevem, somente digitam, mais equilíbrio entre o trabalho e a vida pessoal, local de trabalho flexível. Na geração Z há expansão exponencial do mundo digital, “Nativos digitais”, preferem a comunicação mais visual, demasiados ansiosos, valor na personalização e individualidade, necessidade de expor opinião, desejam extrema interação digital. E na geração Alfa ocorre muita interação digital desde bebês, mudanças não assustam, vêem o digital e as novidades com naturalidade.
Além disso, ressaltou que hoje têm 8 bilhões de humanos no planeta, há o domínio dos algoritmos, literacia digital e o espaço-tempo vai além do mundo linear. Fato que pode ser observado no Governo/Estado, com a implementação da nota fiscal eletrônica, carteira trabalho digital, Cadastro de Pessoa Física (CPF) digital, Carteira Nacional de Habilitação (CNH) digital, Certificado de Registro e Licenciamento do Veículo Eletrônico (CRLV-e), Paraná Inteligência Artificial (PIÁ), Videomonitoramento, PIX e drones. Também pode ser observado no mundo digital por meio da Inteligência Artificial, Manufatura aditiva (3D), Big Data, armazenamento em nuvem, Internet 5G, robótica, genoma digital, internet das coisas, metaverso e redes sociais. Já na vida das pessoas pode ser observado que há acesso fácil à informação, pouca habilidade de filtrar, baixa compreensão de algoritmos, pouca preocupação com a segurança digital, exposição pessoal voluntária, expansão da rede pessoal, pouca reflexão sobre informações que recebe.
O ex-Conselheiro do CEE/PR, Professor Celso Augusto Souza de Oliveira, frisou em sua palestra sobre a sociedade do conhecimento, o panorama do uso da internet nos domicílios do Brasil. Na região Sul 91,5% tem internet em casa; no sudeste este índice sobe para 92,5%; no centro-oeste para 93,4%; na região norte cai para 85,5% e no nordeste para 85,2%. Quanto aos equipamentos utilizados por estudantes para acessar a internet em 2021, têm-se uso de celulares 97,9%; computador 51,7%; televisão 49,4% e 12,3% tablet.
A tecnologia associada à educação traz conhecimento acessível na internet, múltiplos espaços de aprendizagem, conhecimento compartilhado, aprendizagem em rede e múltiplas formas de aprender. Já no que diz respeito especificamente ao ensino-aprendizagem dos estudantes há acesso a muita informação, porém de forma desconectada; pouca reflexão sobre as informações acessadas; crianças em ambiente digital desenvolvem um estilo de atenção difusa; crianças em ambiente de texto escrito desenvolvem maior concentração; e alfabetização digital. Nesta sociedade do conhecimento o estudante não precisa saber tudo, ele necessita saber buscar a informação. Quanto aos professores, a tecnologia associada a educação traz diferentes estilos de atenção e de aprendizagem, esta passa de reprodutora para consciente e ativa, o processo de aprendizagem passa de individual para coletivo, há construção coletiva do conhecimento, literacia tradicional e digital, domínio do ambiente digital como instrumento de ensino e pensamento computacional, desde a pré-escola. O palestrante salienta que “a Tecnologia da Informação não tem caráter, depende de quem está utilizando a ferramenta e isso faz com que ela tenha efeitos positivos ou negativos na sociedade, a depender do uso”, afirmou Oliveira.
Segundo o Presidente do Conselho Estadual de Educação do Paraná, João Carlos Gomes, é fundamental que os professores estejam sempre atualizados em relação às ferramentas tecnológicas. Ele destaca que essas ferramentas devem ser utilizadas para aprimorar o processo de ensino-aprendizagem, e não se tornarem um obstáculo.