O Conselho Estadual de Educação do Paraná (CEE/PR) recebeu, durante a 9.ª Reunião Ordinária de 2022, a visita do Diretor de Educação da Rede Pública Estadual do Paraná, Roni Miranda Vieira, da chefe do Departamento de Educação Profissional da Secretaria de Estado da Educação e do Esporte (SEED/PR), Daiane Pereira Fraile, e da Professora Angela Francieli Franchin Braz, do Núcleo Regional de Educação de Campo Mourão, com o objetivo de apresentar os produtos produzidos pelos Colégios Estaduais Agrícolas dos municípios de Campo Mourão e Iretama.

A equipe que visitou o CEE/PR definiu o trabalho com o Órgão como uma relação de parceria, em  busca de alcançar o objetivo comum de fazer a Educação Profissional do Estado do Paraná ser cada vez melhor para os estudantes e consequentemente para a sociedade.

Segundo o Diretor de Educação do Paraná, Roni Miranda Vieira, o CEE/PR oportuniza diálogo,  compreensão e orientação, fato que resulta em um trabalho efetivo nos Colégios Agrícolas e gera o protagonismo do aluno paranaense. Muitas atividades são desenvolvidas nessas escolas técnicas de agropecuária, dentre elas as aulas práticas de manejo integrado de pragas e doenças na lavoura; recuperação de nascentes, preservação da natureza; maquetes das principais pragas e soja, algodão e feijão; melhoramento genético; controle de carrapatos em bovinos; produção de olerícolas folhosas e morango em hidroponia; aula prática sobre equinos; transplantio de mudas de maracujá; regulagem de semeadora; desrame de espécies arbóreas, como o eucalipto, além de visitas técnicas que integram lavoura, pecuária e floresta.

Os colégios agrícolas oferecem gratuitamente, na modalidade de Ensino Integrado, o curso de formação de Técnicos em Agropecuária em Nível Médio. A duração do curso é de 3 anos, em regime de internato ou semi-internato, em período integral (manhã e tarde). No sistema de internato, o aluno permanece na instituição de ensino de segunda a sexta-feira, recebendo seis refeições diárias; no semi-internato o aluno permanece durante o dia, no período de aula, recebendo três refeições diárias.
Os principais objetivos de aprendizagem no curso Técnico de Agropecuária dos referidos colégios são: valorizar a educação como processo seguro de formação de recursos humanos, de desenvolvimento do sistema social mais amplo e competitivo; desenvolver o autoconhecimento, para melhorar a adaptação socioeducacional e proporcionar ao aluno uma formação que lhe permita se inserir no mundo do trabalho para uma vida profissional produtiva; propiciar conhecimentos teóricos e práticos amplos para o desenvolvimento de capacidade de análise crítica, de orientação e execução de trabalho no setor Agropecuário; formar profissionais críticos, reflexivos, éticos, capazes de participar e promover transformação no seu campo de trabalho, na sua comunidade e na sociedade na qual está inserido; profissionalizar egressos do ensino fundamental para atuação na área de Agropecuária, visando seu ingresso no mundo do trabalho no território nacional; e propiciar uma formação que possibilite o aluno realizar planejamento, administrar, monitorar e executar atividades na área da agropecuária.

Para a professora Angela Francieli Franchin Braz, após a formação em técnico agropecuário, o egresso do curso está apto para atuar em atividades de extensão, assistência técnica, associativismo, pesquisa, análise, experimentação, ensaio e divulgação técnica; responsabilizar-se pela elaboração de projetos agropecuários; elaborar orçamentos, laudos, pareceres, relatórios e projetos, inclusive de incorporação de novas tecnologias; responsabilizar-se pelo planejamento, organização, monitoramento e emissão de laudos agropecuários; prestar assistência técnica na aplicação, comercialização, manejo e regulagem de máquinas e implementos agrícolas e produtos especializados; realizar interpretação de análise de solos e recomendações da aplicação de fertilizantes e corretivos; treinar e conduzir equipes de instalação, montagem e operação, reparo e manutenção de indústrias do ramo agropecuário; desempenhar outras atividades, compatíveis com a sua formação.

A professora Daiane Pereira Fraile, Chefe do Departamento de Educação Profissional da SEED/PR, ressaltou que os colégios agrícolas dos municípios de Campo Mourão e Iretama produzem plantas medicinais e condimentares, tais como camomila, capuchinha, capim cidreira, espinheira-santa, funcho/ erva doce, hortelã, losna, mil folhas, salsa, alecrim, bálsamo, boldo, tanchagem, sálvia, ora pro nóbis, rubim, dentre outros. Além disso, produzem frutas orgânicas, geléias, biscoitos, pães, ovos de codorna e especiárias afins, além de desenvolverem a apicultura e outras atividades.

O presidente do CEE/PR, João Carlos Gomes, destacou a importância dos colégios agrícolas no Paraná e agradeceu à equipe que visitou o Conselho Estadual de Educação do Paraná pelos  produtos presenteados ao Órgão, demonstrando, assim, o potencial dos Colégios Estaduais Agrícolas de Campo Mourão e de Iretama.

Produtos Presenteados: geléia de morango, melado, tomate cereja, goiaba, rapadura, doce de abóbora, de leite e de amendoim, vários tipos de biscoitos, pães, mel, biju, ovos de codorna, conserva de tomates secos, suspiros, dentre outros produtos.