Presidente da CEMEP participa de Debates sobre a Reforma no Ensino Médio 27/08/2021 - 16:11

O Presidente da Câmara do Ensino Médio e da Educação Profissional Técnica de Nível Médio (CEMEP) do Conselho Estadual de Educação do Paraná (CEE/PR), Conselheiro Oscar Alves, tem participado de alguns debates, palestras e entrevistas sobre a Reforma do Ensino Médio, dentre esses, o debate na Comissão de Direitos Humanos e da Cidadania da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) e o webinário veiculado no Canal do Professor, desenvolvido pela Secretaria de Estado da Educação e do Esporte do Paraná (Seed), ambos ocorridos na primeira quinzena de agosto de 2021. Este, contou também com a participação da Conselheira Suplente Naura Nanci Muniz Santos.

Desde 2018, a CEMEP tem estudado sobre a Reforma do Ensino Médio no Paraná com o objetivo de deliberar sobre o assunto. Assim, em 29 de julho de 2021, o Conselho Estadual de Educação do Paraná aprovou a Deliberação n.º 04/2021-CEE/PR, que institui as Diretrizes Curriculares Complementares do Ensino Médio e o Referencial Curricular para o Ensino Médio do Paraná, importante documento para a reforma desta etapa de ensino em nosso Estado

“Uma das grandes mudanças na reforma do Ensino Médio é o foco do aluno, que irá se tornar protagonista de sua história, fazendo escolhas, tomando decisões e responsabilizando-se por estas. No que diz respeito ao currículo, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) tem dez Competências Gerais, com carga horária total de 1.800 horas e cinco Itinerários Formativos, com o mínimo de 1.200 horas, totalizando 3.000 mil horas em três anos. Destas, 20% poderão ser de atividades não presenciais para o ensino diurno”, ressaltou o Presidente da CEMEP. Ele esclareceu ainda que no Paraná, o componente curricular Projeto de Vida é obrigatório e deverá ser ofertado em todos os períodos letivos do Ensino Médio, pois é uma estratégia de aprendizagem que deve fazer com que o estudante reflita sobre seus objetivos e caminhos a seguir em sua vida, para o seu desenvolvimento integral.

Quanto à organização Curricular, haverá autonomia dentro dos parâmetros legais e indissociabilidade entre Formação Geral Básica (FGB) e Itinerários Formativos (IFs), bem como articulação entre os campos de saberes específicos das áreas de conhecimento e Itinerário Formativo com vivências práticas. Ainda haverá contextualização e interdisciplinaridade e vínculo com o mundo do trabalho e as práticas sociais.

A reforma do Ensino Médio também propõe Língua Portuguesa e Matemática em todos os anos, bem como conhecimentos geográficos, biológicos, químicos e físicos, além da realidade social e política do Paraná, arte em suas expressões regionais, história do Paraná e suas culturas e etnias, sociologia, filosofia, língua inglesa ou uma segunda língua de interesse local, que pode ser a de sua etnia, por exemplo. O estudante poderá escolher o itinerário formativo conforme o seu interesse e projeto de vida.

Sobre os Itinerários, a Conselheira Naura Nanci Muniz Santos explicou que devem ser organizados em torno de um ou mais eixos estruturantes, tais como a investigação científica, os processos criativos, a mediação e intervenção sociocultural e o empreendedorismo. No Paraná, todas as instituições de ensino devem ofertar, de forma integrada ou não, no mínimo, os itinerários formativos de aprofundamento das quatro áreas de conhecimento: linguagem e suas tecnologias, matemática e suas tecnologias, ciências da natureza e suas tecnologias e ciências humanas e sociais aplicadas. Entretanto, a oferta do Itinerante Formativo de Formação Técnica e Profissional fica a critério das instituições e redes de ensino.

No debate ocorrido na Alep, o Conselheiro Oscar Alves ressaltou que em qualquer processo de mudança na área educacional, o docente é o elemento fundamental, não apenas por ser o mediador de conhecimentos, mas por ser “a ponte” entre as transformações que ocorrem na instituição e na sala de aula.

Na palestra realizada no Canal do Professor, a Conselheira Naura disse ser o papel do professor vital para transformar os espaços educativos em locais de reflexão sobre os saberes (espontâneos e científicos), possibilitando o diálogo e a construção de novos conhecimentos e lançando novos olhares sobre a educação e o professor.