O Professor da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), Carlos Willians Jaques Morais, tratou durante a 9a. Reunião Ordinária do Conselho Estadual de Educação do Paraná (CEE/PR), da temática Aspectos e Perspectivas da Educação a Distância Pública.

A trajetória da Educação a Distância (EaD) no Brasil se desenvolveu por meio das políticas educacionais públicas adotadas no país. Foi desenvolvida com o intuito de garantir a expansão do Sistema educativo brasileiro em articulação com os processos transnacionais, destacando-se as recomendações dos organismos multilaterais, como a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) por exemplo, que indicavam como a modalidade educativa (EaD) deveria ser expandida e institucionalizada.

No Brasil, a história da EaD começou em 1904, quando foram instaladas as chamadas Escolas Internacionais, instituições privadas que ofereciam cursos por correspondência. O primeiro curso em nível superior na modalidade EaD, no país, foi Pedagogia da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT) que data de 1995. Os demais cursos foram autorizados a partir de 2000, inclusive na UEPG, que teve seu credenciamento pelo Ministério da Educação (MEC) em 2004, conforme Portaria MEC/SESU de n.º 652/2004, para ministrar cursos de graduação, sequenciais, extensão e pós-graduação (lato sensu) na modalidade EaD. Atualmente, todas as Instituições de Ensino Superior (IES) Públicas Estaduais oferecem Educação a Distância, bem como todas as IES Federais do Estado do Paraná.

Segundo Carlos Willians Jaques Morais, Educação a Distância ainda é um fenômeno emergente que se encontra em fase de discussão na esfera acadêmica, buscando compreender definições de políticas e diretrizes que estejam em consonância com a evolução das práticas difundidas nas Instituições de Ensino Superior. Ainda, de acordo com Morais, o futuro professor que atuará na Educação Básica no Brasil terá passado por uma formação EaD, em sua maioria.

Para o Presidente do CEE/PR, João Carlos Gomes, a Educação a Distância traz autonomia, pois os estudantes que participam dessa modalidade desempenham um papel ativo em seu próprio aprendizado. Eles têm a responsabilidade de gerenciar seu tempo, definir metas de estudo e adquirir habilidades de autodisciplina. Além disso, Gomes ressalta também que modalidade EaD impulsiona a inovação tecnológica no campo educacional, uma vez que as instituições educacionais são desafiadas a desenvolver e implementar plataformas, recursos e métodos de ensino inovadores.