O Presidente do Conselho Estadual de Educação do Paraná (CEE/PR), João Carlos Gomes, demais Conselheiros e servidores receberam, na 6.ª Reunião Ordinária do Órgão, a visita do Secretário de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldo Nelson Bona, para tratar sobre o trabalho que vem desenvolvendo com as universidades públicas paranaenses.

A Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (SETI) é responsável pela demanda de sete universidades estudais e duas municipais – Universidade Estadual de Londrina (UEL); Universidade Estadual de Maringá (UEM); Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG); Universidade Estadual Centro-Oeste (Unicentro); Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste); Universidade Estadual do Norte Pioneiro (Uenp); Universidade Estadual do Paraná (Unespar); Centro Universitário de União da Vitória (Uniuv) e Fundação Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Mandaguari (Fafiman).

As instituições de ensino superior estão presentes em 31 cidades do estado do Paraná e possuem 60 polos. Aldo Bona destacou que o Estado também possui cinco Universidades Federais – Universidade Federal do Paraná (UFPR); Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR); Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila); Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) e o Instituto Federal do Paraná (IFPR), que estão presentes por meio de seus campi em 52 cidades.

As Universidades Estaduais do Paraná possuem 434 cursos de graduação com 64 mil estudantes, 304 cursos de especialização com 5 mil alunos, 196 cursos de mestrado e 97 programas de doutorado, que possuem 10 mil discentes. Além disso, 7.626 servidores atuam como professores e 7.471 como agentes universitários. Bona ressaltou o fato de que atualmente 43% dos estudantes são oriundos da Rede Privada e 57% da Rede pública, e que 86,5% são naturais do estado do Paraná.

Outro ponto importante destacado por Bona é o fato do Estado ter cinco universidades estaduais
entre as cem melhores do Brasil: UEM – 28.ª posição; UEL – 29.ª posição; UEPG – 42.ª posição; Unioeste – 45.ª posição; UENP – 64.ª posição, as quais também estão entre as melhores da América Latina.

O Secretário salientou, ainda, a criação dos cursos tecnológicos de Agroecologia, Gestão do Turismo, Gestão em Produção Industrial, Big Data em Agronegócio e Tecnologia em Educação com ênfase em Humanidades, que foram criados diante da necessidade de cada região e estão sendo ofertados na Unioeste, Unicentro e Unespar.

Bona também chamou a atenção para a criação da Lei Estadual n.º 20.933/2021, conhecida como Lei Geral das Universidades, que dispõe sobre parâmetros para o financiamento e a distribuição de recursos entre as Universidades Estaduais do Paraná. Segundo ele, após a implementação, essa lei impactará num acréscimo de 626 docentes efetivos no Sistema.

O Secretário da SETI comentou, ainda, sobre a criação do Sistema Paranaense de Parques Tecnológicos (Separtec), que tem a missão de elaborar uma política pública para a implantação de parques tecnológicos. Outro segmento que contribui para a pesquisa nas universidades públicas estaduais é o Instituto de Tecnologia do Paraná (TECPAR), empresa pública do Governo do Estado fundada em 1940. O TECPAR tem como missão atuar em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação, e na Produção e Soluções Tecnológicas, que agreguem valor aos clientes e à sociedade.

Desde abril de 2021, o Paraná adotou um novo modelo de gestão de recursos públicos e ações governamentais na área de Ciência, Tecnologia e Inovação, incluindo fundações de apoio de universidades estaduais, hospitais universitários e instituições de pesquisa científica e tecnológica. A atuação dessas organizações é regulada pela Lei Estadual n.º 20.537/2021 e pelo Decreto Estadual n.º 8.796/2021.

O Paraná também implantou a Cria e a Agência para o Desenvolvimento Regional Sustentável e Inovação do Paraná (AGEUNI) por meio do Decreto Estadual n.º 10.769, que entrou em vigor em 12 de abril de 2022, tendo como objetivo principal a execução dos mecanismos de integração entre universidade, empresa, governo e sociedade. São nove agências distribuídas em todas as regiões do estado, as quais possuem comitês de gestão com representantes de diversas instituições. Os comitês são responsáveis pela prospecção local e regional de projetos inovadores com potencial de mercado.

Outro destaque na gestão são os  projetos de Engenharia e Arquitetura nas universidades estaduais do Paraná, chamados de Projetek. O objetivo é atender demandas de municípios de pequeno porte com menos de 30 mil habitantes, localizados nas regiões onde se localizam os campi das instituições de ensino superior, e que não dispõem de setores de projetos. Também outro programa  desenvolvido pelas universidades é o Paraná Empreende Mais, que qualifica micro, pequenos e médios empresários, empreendedores individuais, informais e futuros empreendedores de todo o Estado. Além disso, Bona salienta o Projeto de Propriedade Intelectual com foco no mercado (PRIME), o qual objetiva a produção do resultado de pesquisas acadêmicas com potencial de mercado, gerando riquezas, desenvolvimento econômico e social para o Estado. Por fim, a SETI implantou em todas as universidades públicas estaduais o Programa de Formação do Aluno Empreendedor, que visa apoiar financeiramente a formação de estudantes do ensino superior com perfil de pesquisador - empreendedor, priorizando a demanda social e diminuindo a evasão escolar.

Para o Presidente do CEE/PR, João Carlos Gomes, a SETI vem desenvolvendo um trabalho significativo na gestão das universidades públicas estaduais, levando tecnologia e inovação aos campi, contribuindo para a formação de futuros profissionais altamente capazes, preparados para o mercado de trabalho e para transformar a sociedade em que vivem.